Mar ferroso

Quero viver como um índio

E ver da margem

As correntezas desse mar ferroso

Entre Cedros altos Concretinos

De sonhos concretos

De atos corretos

Mergulho

"A um dia de tudo

De todos

De tantos

E do tédio

Do quarto escuro eu decido

Se pulo

Ou se salto

Do prédio

Pra mergulhar de cabeça

No fundo

Nesse novo mundo

Pra emergir à margem

Coragem

E frutos"

Labirinto 2

Mulher
Madura
Mães
Com melasmas

Ninfeta
Menina
Colírio para a retina
Orgia
Dopamina

Menina
Madura
Mulheres
Menina

Cada qual com seu medo
Cada qual com seu segredo
Mas com um labirinto em sí
Na qual se perde o homem

Vagner Zaffani (texto - 45)
 31/10/2003

Nossa casa

Construímos juntos uma casa bonita
Porém sem porta
Porem sem teto,

Construímos uma casa aonde uma luz viva entra pela janela

Uma nova casa,

Uma casa torta

Construímos uma casa com um cantinho só pra ela

Uma pequena casa

Mas bela

É o que importa

Derrubaremos essa casa pra construir outra no lugar

Mas tem que ser agora,

Não pode ser depois

Construiremos uma casa pra ninguém mais derrubar

Uma casa só pra gente,

Com um cantinho pra nós dois

Escancararei a janela e deixarei o sol entrar

Na nossa nova casa,

Em nosso novo lar

A casa até que é boa,
Mas tem que melhorar

Casa com teto, com porta

Casa reta e não torta

Pra gente dar muitos beijos

E realizar nossos desejos

Vagner Zaffani-(texto-30)

23/07/03

Gosto muito de você

Eu sou eu

Você é você

Às vezes sou você

E deixo de ser eu

Você é você mesmo

Sempre

Você é alguém

Eu não sou ninguém

Sou você e não sou eu

Mas sou sincero em dizer

Que gosto muito de você

Vagner Zaffani; 22/02/20002.(texto-3)

C´est pour moi

“Os dias passando eu pensando

Na possibilidade de passar um dia

Prezando a sua presença

Os dias vão correndo e eu curioso

Acarretando saudades

Meus dias são corriqueiros sem você

 C´est pour moi

Moi pour tu

Dans la vie

L´a juré

Pour la vie

Que je T´aime”

08/05/2003

Esse mundo não é meu

Várias vezes fui capaz

De me por no seu lugar

De viver um novo mundo

E com seus olhos enxergar

Todo lixo que consome

E toda forma de prazer

A ideologia sem motivos

Dos domingos na TV

Esse mundo não é meu...

Aniversário do Super Crônico

No mês de Outubro o blog criado com o objetivo de divulgar crônicas do escritor Vagner Zaffani, o mesmo que publica poesias pessoais, no UM TAL POETA, cujo o nome é SUPER CRÔNICO completou 1 ano de existência com mais de 16.000 acessos, vários comentários, 145 posts e leitores assíduos, que acompanham e admiram os textos nele escrito.

OBRIGADO

Labirinto

"Tanto faz, caminhar no céu vazio

Satisfaz o meu desejo

Não te vejo faz tão frio

Não sei bem qual das portas se fechou

Quanto tempo se passou

Pra onde o vento te levou

Sempre penso

Estou dormindo acordado

Bem longe do seu alcance

Feito um bicho acoado

Mal partiu

Partiu um coração ao meio

O silêncio me traz medo, o medo que me feriu

Não quero fugir, nem vou me esconder

Não consigo fingir, vou tentar lhe entender

Ainda quero estar aqui quando amanhecer

O amor vai ressurgir

não me quero perder...

Em seu labirinto"

Minha voz não saiu

Indagou

Estremeceu

Embargou

Não saiu

Enrolou, embaraçou

Só sorri

Sufocou

Foi até os lábios

Coçou minha boca

E voltou para trás

Minha voz

Pra dizer que nós

Nos queremos

26/10/04

Divirta-se

No domingo não fique só
Vá para a casa da vovó
Vai ser massa
Vai ter massa
Vai estar seus primos
Seu tio e sua tia
Às vezes e bom ficar com a família

No domingo não fique com preguiça
Acorde de manha e vá para a missa
Levante bem cedo e coloque um chinelo de dedo
E mais tarde
Quando o sol surgir
Tire a camisa

 Fique a vontade

Relaxe bom moço

Divirta-se sem alvoroço

Namorada, praia, zoológico?

Se e divertido?

Lógico!

Almoçar, cochilar

E esperar o jogo na TV

Vestir a camisa do seu time

E torcer pra ele vencer

Quando a noite chegar

Jantar o que sobrou do almoço

Despedir dos parentes

Esperar o sono lhe dominar

Deitar
Pra acordar no outro dia

... Agradeça pelo dia

Vagner Zaffani (texto 34)

São José do Rio Preto-SP 18/08/03

Farinha ou farofa

A faca fútil que fura

Que fere

Que fede

E que fode

Foi se farreando, farreando

Fazendo que a fábrica fantástica,

fascinante

Fabulosa de fantasias funcionasse

Difícil foi fazer que o fogo e a fumaça que fumega

A face fofinha da família que sofre com o frio afastasse, desfazesse

Há vários fatos

Fotos

Formas

Formulas

Fluxos fixos e funções

De falar a letra “ F ”

Com farinha ou farofa na boca.

Vagner Zaffani-(texto-17)

29/05/03

Me fez bem... Me fez mal

Me fez bem...

Foi irmã, foi mãe

Supriu minhas carências

Foi doce, foi sutil

Deu-me nova experiência

Me fez mal...

Pois me fez chorar mais tarde

Chorei sim

Mas não saíram lágrimas

Meu peito ainda arde

Lotado

Carregado de tantas mágoas

Me fez bem...

Fez-me vivo, forte, orgulhoso

Agora enxergo a realidade

Fez-me livre, homem, poderoso

Resgatei minha personalidade

 Me fez mal...

Enraivecei-me, embreaguei-me, quebrei-os

Plantou-me ódio, cultivou-me solidão
Enlouqueci, entristeci, perdi e esqueci

Dos bons momentos que tivemos

A paixão

 

Vagner Zaffani-21/03/03-(texto-10)

Todo sonho que ela tem

Gosto quando as horas passam

Quando os dias passam

E tudo se encaixa

E vejo toda a sua graça

Que você me passa

Sendo assim relaxa

Os nervos de quem nunca acha

De quem não disfarça

O amor que tem

Pedindo pra que não desfaça

Todo esse laço

Que me embaraço
Dentro dos seus braços

E faço virar verdade

Todo sonho que ela tem.

20/10/07

Distante

"Ela se encontra
Longe
No auge
Próxima dos anjos

 Ela se encontra

Num horizonte

Atrás dos montes

A léguas do fim

Ela se encontra

Aonde não posso ver

Junto dela mesmo

Longe do meu ser

Ela se encontra

Linda

Em um outro mundo

Distante de mim"

Vagner Zaffani (texto - 43)

 12/10/2003

Alterego

Alterego

Auto-senso

Se desperta

Do silêncio

Me alegra

Me conforta

Me sossega

Me transporta

E abre as portas da percepção

E vivo a vida sem decepção

Gritos de minha alma

Já lhe gritei com letras poéticas, manuscritas em papéis pautados

Já lhe gritei com os olhos, com lágrimas o meu desejo

Já lhe gritei com sangue, com batimentos cardiopulsados

Já lhe gritei com suspiros, com abraços e com beijos

Já lhe gritei com musica, por cartas, e-mails e outros recados

Já lhe gritei com canções que falava sobre a gente

Já lhe gritei com carinho, quando estive do seu lado

Já lhe gritei com falas que diziam o quanto eu era contente

Porém um dia

Abrirei os braços e escancararei a boca

Respirarei profundo e gritarei bem do fundo

De minha alma

 

EU TE AAAAAAMOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!

Talvez ela não irá ouvir
Talvez se ouvir não irá entender o recado
Mas uma coisa que eu não quero
É nunca mais sofrer calado

Vagner Zaffani (texto 39)

São José do Rio Preto-SP 23/09/2003

União de artistas expõe obras nos correios

O link abaixo mostra a matéria que saiu no dia 05/07/11 no caderno Viva do jornal Bom Dia de São José do Rio Preto e trata da união dos artistas: Aline Brambati, Vagner Zaffani e Viviani Zaffani, expondo artesanatos em jornal, poesias comtemporâneas e fotografias artísticas no salão cultural do correio central de São José do Rio Preto-SP. Vale a pena conferir.

http://www.bomdiarede.com.br/noticias/viva/59224/mototaxista+organiza+exposicao+na+2%26ordf%3b+confraternizacao+dos+artistas+rio-pretenses

Em destaque: Aline Brambati

"O fim do mundo"

Foto de Viviani Zaffani

 

Quem quiser conhecer as poesias de Vagner Zaffani, acessem o blog:
www.umtalpoeta.blogspot.com

Ego

Ego do eu
Da pele

Dos olhos
Que estimula minha alma

E me faz gozar de coragem

Que às vezes dorme em meu consciente

E que só acorda quando uma luz acende

Uma luz que fosforesce

Que alveja

Esquenta

Desperta

Reenerja

Luz tônica

Luz do ego

Luz tônica do ego

Ego

No olho da rua

Oi!
Estou à venda
Vendo meu rim
Vendo meu corpo
Vendo desejo

Oi!
Tirei a venda
Vejo dinheiro
Vejo riqueza
Mas nada vejo

Ah!

As vezes jogo bola

Mas prefiro jogar com a sorte

Não me amole

E daí!

Peço esmola

E não tenho medo da morte

Boa noite!

Esta é minha cama

Durmo na rua

À luz da lua

Entre nuvens escuras

Meu teto é o céu

O sol é o farol

Minha cama é de jornal

Não faz mal

Estou satisfeito

Este é meu leito

Vagner Zaffani (texto - 46)

 02/11/2003

Como ser um ser

 "Seres que são insano e insensato
Que somam a massa que acham
Que sabem serem seres
Seres incertos, insetos e duvidosos
Duvidando do próximo
                                  Acreditando em sua cega sabedoria                                

 Seres que riem e confundem os seres de bem

Os verdadeiros seres que vão além

De serem vivos

  

Para ser um ser vivo

Não basta estar vivo

Tem que ser humano

Sensitivo e sinestésico

Tem que ser você

E sendo você será um ser

Que assim seja..."

Vagner Zaffani(texto 38)

São José do Rio Preto-SP 19/09/03

A dança da vida

Dance...

Dance...

Dance...

Tem que ter postura

Jogo de cintura

Pois a musica não para

Pule...

Pule...

Pule...

Pule bem forte

Sobreviva

Você esta no meio do salão

Curta...

Curta...

Curta...

A musica é comprida

Dura toda a vida

E a letra é bem clara

Ouça...

Ouça...

Ouça...

Tem que dançar direito

Para não cair no chão

A canção se repete a toda hora

E lhe domina como um encanto

Quem não quiser dançar que vá embora

Ela flui a todo canto

Vagner Zaffani (texto - 48) – 08/11/2003

Tradutor de pensamentos

Ah!

Quem me dera

Se nessa nova era

Inventasse algo diferente

Um tradutor de pensamento

Que traduzisse a voz da mente

Dos outros

Da gente.

Um tanto quanto interessante

Revolucionaria o mundo

Já seria o bastante

Pra saber o que ela sente

Pra saber o que ela pensa

Eu diria muita coisa

Que nasceste em minhas idéias

Que morrera em meus lábios

Ah!

Quem me dera

Vagner Zaffani (texto - 44)

 19/10/2003

Os valores são outros

Guarde o iogurte na geladeira

E diga-me que o meu medo é besteira

Guarde o carro na garagem

E faça-me um homem de coragem

Gosto do video-game

E gosto do computador

Mas preferia que você compartilhasse comigo

A minha dor

Pra mim é bem melhor

Pra mim tem mais valor

Você diz que eu tenho tudo

Mas no fundo

No fundo

Eu não tenho nada

Não sou filho da empregada

No corpo visto uma roupa cara

Importada

Que nem importo tanto

Mas levo na cara

Tapas de hipocrisia

Que não merecia

Castigue-me nos meus erros

Apoie-me nas coisas que eu quero

Nos meus sonhos

Gosto do meu carro zero

E gosto do meu celular

Mais o que eu mais espero

É que venha me abraçar

Pra mim é bem melhor

Pra mim tem mais valor

Sou Jovem

Sou carente

Sou sonhador

E necessito de amor

Além de dinheiro

E bens materiais

Que degradam com o tempo

Sou homem

Sou vivo

E também tenho talento

Vagner Zaffani (texto - 42)

 08/10/2003

A minha poesia favorita

Você virou um pássaro

Que vaga

Livre em minha memória

Você virou livro

Livro de magia

Livro de história

A história da minha vida

Você virou meu sonho de consumo

Você virou fantasia

Você é infinita

Você virou poesia

A minha poesia favorita

Vagner Zaffani (texto - 49) – 10/11/2003

Sozinho na sala e distante da montanha

 

A cada passo seco
Constante
Naquele instante
Me deixaria mais próximo de estar sozinho na sala
E mais distante da montanha
 

Nunca fui errado
Apenas um cão que latia diferente
Do resto da matilha
Que não jogou seu jogo
Que não caiu na sua armadilha

 Um vídeo velho volta a toda hora

Com as imagens

E um vinil na vitrola

Trilha o som da minha viagem

Da minha partida

Pra lugar nenhum

Pra nenhum lugar

Para aqui mesmo

No meu universo paralelo

Amarelo

Azul

Cor-de-rosa

Que colorem o vitral da vida na varanda

E me deixa mais próximo de estar sozinho na sala
E mais distante da montanha

Vagner Zaffani(texto-37)

 São José do Rio Preto-SP 10/09/03

Tempo ao tempo

Sinto falta das suas mãos nas minhas costas

Me empurrando pra vida

De você entrando em mim

Pra sermos um só

Maior

Mais forte

Sinto falta do seu Olhar

Me indicando a saída

Pra desatar os nós

Sem dó

Sem cortes

Deixa eu ti ver de longe

Pra te ter de perto

Nesse relógio que gira

Com hélices de ventilador

Deixa eu ti ver de front

No cume do monte

Na minha mente que pira

Pra despertar o amor

Descongele-se

O inverno de sua frieza
Me causa calafrio e tristeza
E me vejo abaixo de uma avalanche
Que me esmaga sem ver e sem chance

Desejo reacender o fogo

E derreter essa neve

Esquentar-me em seus braços
Sentir-me mais leve

Cura-me dessa hipotermia
Traga-me aquela alegria
Transforme o inverno em verão
Abrigue-me em seu coração

Descongele-se

Valorize-me

Considere-me
E me aconchegue no calor do seu amor .

Vagner Zaffani-(texto-27) – 02/07/03

Como é difiícil dizer eu te amo

Como é dificil dizer eu te amo

É uma corda que me laça a ti
Mas essa corda já nos amarra na marra
Sem você perceber

Como é difícil dizer eu te amo...

Irá se orgulhar do meu amor por você

E me sentirei humilhado

Ferido e na amargura

Pelo seu amor não correspondido a altura

A altitude e a mesma

O que difere e a transparência

Como e difícil dizer eu te amo...

Você precisa ouvir isso pra se sentir segura

Mas eu tenho medo de me sentir rejeitado

Sentimento aberto

Paixão assumida

Amor declarado

Saiba que o amor e o ódio caminha lado a lado

Como é difícil dizer eu te amo...

Nos amamos em silencio, sem abrir a boca

As bocas só se falam quando nos beijamos

O calor humano também fala

Principalmente quando nos abraçamos

O coração palpita

Os olhos gritam

Como é difícil dizer eu te amo...

Como é difícil ouvir que me ama

Como é difícil dizermos um pro outro frente e frente

Que nos amamos

Como é difícil!

Vagner Zaffani(texto 35)

São José do Rio Preto-SP 18/08/03